Coluna Cidadania – Comunicação e desenvolvimento social

Carolina Bertuol

Em uma entrevista publicada pela revista Época (nº623), no dia 26 de abril, o economista americano, Charles Kenny, que trabalha para o Banco Mundial na área de reconstrução e desenvolvimento, afirma ser a televisão o meio de comunicação mais influente e capaz de trazer grandes contribuições sociais. Segundo Kenny, programas de televisão ajudaram na redução das taxas de natalidade, no incentivo ao ingresso de crianças nas escolas, bem como, na redução da aceitação de violência doméstica. Para ele, isto acontece, pois além da televisão ter um grande alcance, estando presente, como por exemplo, em 97% dos domicílios brasileiros, as pessoas assistirem TV cerca de 10 bilhões de horas por dia, estando desta maneira suscetíveis a receber informações de interesse público, comum a todos.

O economista ressalta, “Temos 40 anos de estudos que mostram que crianças que assistem Vila Sésamo leem mais, sabem mais inglês, matemática e ciência, além de valorizar mais suas conquistas acadêmicas”.

A entrevista corrobora a importância do papel dos meios de comunicação na busca do desenvolvimento social. Programas televisivos que tratam de assuntos pertinentes a sociedade, permitem a difusão de informações relacionadas a saúde, a educação, a conscientização política.

Desta maneira, Duarte (2007, p.105) afirma que a comunicação é o ponto de partida e de encontro para o processo da cidadania. Abordar temas de interrese público em um veículo de extremo alcance, como a televisão, é contribuir para o desenvolvimento democrático da sociedade.

“A crescente demanda pela participação social nos meios de comunicação, especialmente locais e comunitários, permitiu a inclusão de novos atores e novas mídias, que têm promovido a diversificação de programas, de conteúdos e até mesmo de canais midiáticos específicos para as necessidades de diferentes públicos/comunidade […]. A abertura desses novos espaços de teledifusão tem contribuído para promover o aumento da diversificação de emissores e conteúdos, o que representa um avanço na busca do desenvolvimento (…)” (DUARTE, 2007, p.106).

FERRARI, Bruno. “A TV vai salvar o mundo”. Época, n. 623, p. 76-78, abr. 2010.

DUARTE, Jorge. Comunicação pública: Estado, governo, mercado, sociedade e interesse público. São Paulo: Atlas, 2007.

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