O programa desenvolvido no Centro de Socioeducação (Cense) do município de Fazenda Rio Grande, no Paraná, em parceria com o Núcleo de Comunicação e Educação Popular (NCEP) acontece desde o início de agosto de 2014, mas as negociações para a formação da parceria ocorreram desde o final de 2013, mediadas pelo então professor coordenador do NCEP Profº Dr. Toni Andre Scharlau Vieira.
O programa acontece dentro das dependências do Cense Fazenda Rio Grande, às quartas-feiras, com adolescentes privados de liberdade e que estejam em situação de pré-externa, quando recebem “conquistas”, ou seja, atividades oferecidas de acordo com o bom comportamento ao adolescente que está há mais tempo na unidade. Esse critério foi desenvolvido pela diretoria do Cense em parceria com os membros do NCEP, de modo a respeitar o funcionamento do Centro de Socioeducação e a facilitar o trabalho dos membros do projeto.
A proposta da parceria é desenvolver um programa de rádio para ser transmitido através do sistema de som instalado dentro da unidade do Cense Fazenda Rio Grande. Para isso, o NCEP desenvolveu um cronograma básico que contempla oficinas para o contato e capacitação dos adolescentes para produção de programas radiofônicos. As oficinas geralmente contam com um momento teórico em que a equipe do NCEP responsável pelo programa dá as primeiras noções sobre o tema a ser trabalhado no dia, com posterior atividade prática realizada pelos adolescentes com auxílio dos membros do Núcleo.
O programa tem como objetivo possibilitar o contato dos menores privados de liberdade com os meios de comunicação nas diferentes instâncias: reflexão, produção, edição e conscientização sobre os meios. Tanto para a formação como cidadãos quanto para mostrar um possível caminho profissional e/ou de expressão, assim como as outras atividades oferecidas no Cense Fazenda Rio Grande objetivam. Além disso, o NCEP também visa mostrar aos participantes que a comunicação não se restringe a grandes conglomerados, mas que também pode ser feita por pequenos grupos. Todas as atividades desenvolvidas no programa são pensadas e trabalhadas de modo a adequar os interesses e preferências dos adolescentes com as convenções e regras básicas da produção radiofônica, procurando fomentar o diálogo igualitário e democrático entre as partes envolvidas.
Por ser um programa recente, ainda é difícil mensurar as dificuldades e resultados, porém, alguns deles já podem ser percebidos. As principais dificuldades ocorreram durante as negociações sobre quais adolescentes participariam das atividades, visto que foi necessário um período de adaptação dos membros e diretores do Cense para adequar a grade horária dos adolescentes, o que atrasou o início dos trabalhos. Outra dificuldade que já pôde ser percebida foi a dificuldade dos menores com a leitura e interpretação de textos, que demanda mais atenção e auxílio dos membros do NCEP e dificulta a independência deles na produção dos textos usados para a gravação. O grande nível de distração dos adolescentes também dificulta o andamento das oficinas.
Entretanto, avanços já puderam ser percebidos. Com o início das atividades mais práticas, como a oficina de voz – em que os menores leram pequenas notas, posteriormente gravadas e puderam escutar suas próprias vozes – e as oficinas acontecendo no estúdio de rádio montado dentro da unidade do Cense, o interesse dos adolescentes pelas atividades e a vontade de ver o resultado dos trabalhos aumentaram muito. Além disso, os próprios adolescentes perceberam dificuldades de leitura e que precisavam investir mais nesse aspecto antes de produzir um programa de forma independente. Os menores também se interessaram pelos diversos programas de edição e montagem de programas de rádio. O objetivo principal do programa aos poucos também vai sendo conquistado, uma vez que os adolescentes, a cada oficina e atividade auxiliados pelos membros do NCEP, tomam conhecimento sobre um aspecto novo da comunicação ou das discussões que perpassam a área.
Com a ajuda dos educadores do Cense, que estão presentes durante as atividades, o diálogo e os acordos sobre os rumos de cada pequeno projeto programado dentro da parceria também se tornam possíveis.
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O programa desenvolvido no Centro de Socioeducação (Cense) do município de Fazenda Rio Grande, no Paraná, em parceria com o Núcleo de Comunicação e Educação Popular (NCEP) acontece desde o início de agosto de 2014, mas as negociações para a formação da parceria ocorreram desde o final de 2013, mediadas pelo então professor coordenador do NCEP Profº Dr. Toni Andre Scharlau Vieira.
O programa acontece dentro das dependências do Cense Fazenda Rio Grande, às quartas-feiras, com adolescentes privados de liberdade e que estejam em situação de pré-externa, quando recebem “conquistas”, ou seja, atividades oferecidas de acordo com o bom comportamento ao adolescente que está há mais tempo na unidade. Esse critério foi desenvolvido pela diretoria do Cense em parceria com os membros do NCEP, de modo a respeitar o funcionamento do Centro de Socioeducação e a facilitar o trabalho dos membros do projeto.
A proposta da parceria é desenvolver um programa de rádio para ser transmitido através do sistema de som instalado dentro da unidade do Cense Fazenda Rio Grande. Para isso, o NCEP desenvolveu um cronograma básico que contempla oficinas para o contato e capacitação dos adolescentes para produção de programas radiofônicos. As oficinas geralmente contam com um momento teórico em que a equipe do NCEP responsável pelo programa dá as primeiras noções sobre o tema a ser trabalhado no dia, com posterior atividade prática realizada pelos adolescentes com auxílio dos membros do Núcleo.
O programa tem como objetivo possibilitar o contato dos menores privados de liberdade com os meios de comunicação nas diferentes instâncias: reflexão, produção, edição e conscientização sobre os meios. Tanto para a formação como cidadãos quanto para mostrar um possível caminho profissional e/ou de expressão, assim como as outras atividades oferecidas no Cense Fazenda Rio Grande objetivam. Além disso, o NCEP também visa mostrar aos participantes que a comunicação não se restringe a grandes conglomerados, mas que também pode ser feita por pequenos grupos. Todas as atividades desenvolvidas no programa são pensadas e trabalhadas de modo a adequar os interesses e preferências dos adolescentes com as convenções e regras básicas da produção radiofônica, procurando fomentar o diálogo igualitário e democrático entre as partes envolvidas.
Por ser um programa recente, ainda é difícil mensurar as dificuldades e resultados, porém, alguns deles já podem ser percebidos. As principais dificuldades ocorreram durante as negociações sobre quais adolescentes participariam das atividades, visto que foi necessário um período de adaptação dos membros e diretores do Cense para adequar a grade horária dos adolescentes, o que atrasou o início dos trabalhos. Outra dificuldade que já pôde ser percebida foi a dificuldade dos menores com a leitura e interpretação de textos, que demanda mais atenção e auxílio dos membros do NCEP e dificulta a independência deles na produção dos textos usados para a gravação. O grande nível de distração dos adolescentes também dificulta o andamento das oficinas.
Entretanto, avanços já puderam ser percebidos. Com o início das atividades mais práticas, como a oficina de voz – em que os menores leram pequenas notas, posteriormente gravadas e puderam escutar suas próprias vozes – e as oficinas acontecendo no estúdio de rádio montado dentro da unidade do Cense, o interesse dos adolescentes pelas atividades e a vontade de ver o resultado dos trabalhos aumentaram muito. Além disso, os próprios adolescentes perceberam dificuldades de leitura e que precisavam investir mais nesse aspecto antes de produzir um programa de forma independente. Os menores também se interessaram pelos diversos programas de edição e montagem de programas de rádio. O objetivo principal do programa aos poucos também vai sendo conquistado, uma vez que os adolescentes, a cada oficina e atividade auxiliados pelos membros do NCEP, tomam conhecimento sobre um aspecto novo da comunicação ou das discussões que perpassam a área.
Com a ajuda dos educadores do Cense, que estão presentes durante as atividades, o diálogo e os acordos sobre os rumos de cada pequeno projeto programado dentro da parceria também se tornam possíveis.